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OMS não aconselha combinação de vacinas de diferentes fabricantes

Por Fabrício Guimarães Pereira

 

A principal cientista da Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselha a que não se combinem vacinas contra a Covid-19 de diferentes farmacêuticas, afirmando que as decisões devem estar a cargo das autoridades de saúde pública. O alerta de Soumya Swaminathan chegou depois de o Vietnã afirmar que os cidadãos vacinados com uma dose da AstraZeneca podem escolher se querem que a segunda dose seja da mesma farmacêutica ou da Pfizer.


“É uma tendência um tanto quanto perigosa”, disse Soumya Swaminathan numa entrevista online esta semana após uma pergunta sobre a possibilidade de se vir a necessitar doses de reforço. “Será uma situação caótica se os cidadãos começarem a decidir quando e quem tomará a segunda, a terceira e a quarta dose”, continuou a cientista.

Além da questão da intercambialidade entre duas doses, a cientista também alertou para as consequências dessa prática em casos de uma terceira aplicação com imunizantes diferentes.


Após ser questionada sobre a possibilidade de em caso futuro ter a necessidade de uma dose reforço da vacina, Soumya foi categórica quanto às complicações dessa medida, quando tomada por conta própria pelas pessoas.


“Será uma situação caótica se os cidadãos começarem a decidir quando e quem tomará a segunda, a terceira e a quarta dose”, continuou a cientista.

A cientista pontuou que as misturas de vacinas ainda são uma “zona sem dados”. Desta forma, os indivíduos não devem decidir qual imunizante irá usar por conta própria. Porém, ela enfatiza que as agências de saúde pública podem tomar essa decisão, tendo base nos dados disponíveis.

Soumya disse ainda que "a OMS aguarda os resultados dos estudos da mistura de vacinas de diferentes farmacêuticas." Nestes estudos ela destacou que a imunogenicidade e a segurança precisam ser avaliadas.


Qual a opinião dos Farmacêuticos?

Cabe destacar que o alerta quanto à intercambialidade de vacinas já foi dado por farmacêuticos reafirmando que a prática não é recomendada e já foi sinalizada até mesmo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).


Até o momento, não há estudos sobre intercambialidade de vacinas contra Covid-19. Sendo assim, não é recomendada a utilização de diferentes marcas de vacinas em um mesmo indivíduo, conforme a Anvisa já alertou, orientando pacientes, profissionais de saúde e fabricantes acerca do assunto.


Fonte: OMS; ICTQ.





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